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Protesto dos sem-teto deixa dezenas de feridos no Paraguai

Manifestação ocorre a apenas seis dias das eleições

Por EFE E AFP
Atualização:

a menos de uma semana das eleições presidenciais do Paraguai, manifestantes sem-teto enfrentaram ontem com a polícia no centro de Assunção. Em cavalos ou a bordo de veículos antimotim, policiais usaram jatos d? água e dispararam balas de borracha para dispersar os cerca de 2.000 sem-teto, que tentavam chegar até palácio do governo. Mais de 40 pessoas foram presas e dezenas ficaram feridas. Diversos jornalistas e fotógrafos também foram agredidos pela polícia. Segundo Gilberto Cáceres, diretor da Coordenadoria Nacional dos Sem-Teto (CNST), o objetivo dos manifestantes era reunir-se com o presidente Nicanor Duarte para exigir que ele "cumpra suas promessas". Cáceres explicou que o presidente havia prometido, no dia 27, destinar cerca de US$ 7 milhões para a construção de mais de 3 mil casas. Ele disse ainda que o grupo fará hoje outra manifestação, que também será um protesto contra a prisão de militantes sem-teto. O comandante da polícia, Fidel Isasa, responsabilizou os dirigentes da CNST pela violência. "Eles insistiram em avançar mesmo sabendo que não poderíamos deixá-los chegar até o palácio." Há uma lei no país proibindo a reunião de grupos de mais de 50 pessoas na frente da sede do governo. LUGO NA LIDERANÇA De acordo com uma pesquisa divulgada pelo jornal Última Hora, o candidato da oposição Fernando Lugo está na frente na corrida presidencial, com seis pontos de vantagem em relação a seus dois principais rivais. As eleições presidenciais acontecem no domingo. Ex-bispo católico apoiado pela coalizão da Aliança Patriótica para a Mudança (APC, na sigla em espanhol), Lugo teria 34,5% dos votos, segundo a sondagem. O ex-general Lino Oviedo, da União Nacional dos Cidadãos Éticos (Unace), ficaria em segundo lugar, com 28,9%. Praticamente empatada com Oviedo, a ex-ministra da Educação Blanca Ovelar, do governista Partido Colorado, estaria em terceiro, com 28,5%. A empresa responsável pela sondagem - Consumer Intelligence - afirmou que as previsões sobre a eleição estão condicionadas a uma participação de 65% dos eleitores, como ocorreu na votação de 2003.

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