Protesto por 'mártires' reúne 100 mil na Praça das Pérolas no Bahrein

Manifestantes marcham contra o governo do rei Hamad bin Issa al-Khalifa

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Atualização:

MANAMA

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 - Cerca de 100 mil manifestantes, mais de 12% da população de todo o Bahrein, estão reunidos nesta terça-feira, 22, na Praça da Pérola, no centro de Manama em um protesto contra o governo do país, segundo informações do jornal New York Times. Os organizadores esperam que esse ato seja o maior desde o início dos protestos no país, na semana passada.

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"A marcha de lealdade aos mártires" era a inscrição de uma faixa carregada no início da manifestação, que partiu do Shopping Bahrein e seguia até a Praça Pérola, no centro da capital do país mais cedo nesta terça. A praça tem sido o epicentro dos protestos contra o governo, iniciados no dia 14. A faixa trazia imagens dos sete "mártires" mortos pelas forças de segurança. O último deles não resistiu a seus ferimentos e foi enterrado hoje.

Mulheres em véus negros cantavam slogans contra o rei do Bahrein, Hamad bin Issa al-Khalifa. "Abaixo Khalifa", gritava a multidão. Os manifestantes criticam o primeiro-ministro, xeque Khalifa bin Salman, tio do rei Hamad, que está no poder desde 1971 e não tem muito apoio entre os xiitas. A família monárquica que comanda o país é sunita, grupo muçulmano minoritário no país. As informações são da Dow Jones.

 

Libertação

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O rei al-Khalifa ordenou nesta terça a libertação de alguns prisioneiros políticos, demandada pela oposição, segundo o porta voz do governo, Maysoon Sabkar. Ainda não há informações sobre o número de prisioneiros que serão soltos.

 

Espera-se que alguns dos 25 ativistas xiitas acusados de conspirar contra o governo estejam no grupo. Entre os opositores, está Hasan Meshaima, acusado em ausência e figura proeminente entre os manifestantes, que tem estado exilado em Londres. Mesaima, que pertence ao grupo radial xiita "Haq", deve regressar à Líbia nesta terça-feira para unir-se com os manifestantes na Praça da Pérola.

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