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Protesto reúne 10 mil no Egito

Egípcios vão à Praça Tahrir, no centro do Cairo, para pedir aceleração das reformas democráticas

Atualização:

Egípcios afirmam que 'a revolução não acabou' na Praça Tahrir

 

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CAIRO - Cerca de 10 mil manifestantes voltaram nesta sexta-feira, 27, à Praça Tahrir, no centro do Cairo, para o que chamaram de uma "segunda revolução" no Egito, desta vez pedindo que a junta militar que governa o país desde a queda de Hosni Mubarak, em meados de fevereiro, acelere a velocidade das reformas democráticas.

 

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As pessoas que foram à praça carregaram faixas com os dizeres "A revolução egípcia não acabou" e gritaram o slogan. Cristãos e muçulmanos egípcios participaram dos protestos e vigiavam as imediações e os acessos da praça enquanto seus colegas rezavam, como fizeram no começo do ano nas manifestações que levaram ao fim do regime de Mubarak.

 

Eles também pediram que o julgamento de Mubarak e dos filhos do ex-governante seja acelerado. "Nossa maior falha é que deixamos a praça Tahrir antes de vermos Mubarak sendo julgado dentro de um tribunal", disse Ahmed Shawqi, manifestante de 24 anos. O comparecimento dos manifestantes foi menor que o esperado após a junta militar ter advertido que elementos "dúbios" poderiam tentar provocar o caos durante os protestos. A falta de segurança policial, ironicamente, fez alguns manifestantes se sentirem inseguros.

 

Cerca de 850 egípcios foram mortos pela polícia e por forças governamentais durante o levante contra Mubarak, segundo número do próprio governo. Milhares foram feridos. As informações são da Associated Press.

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