Protestos contra a guerra deixam a Itália semiparalisada

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os pacifistas italianos conseguiram na manhã de hoje paralisar parcialmente o país, tal como haviam prometido fazer caso começasse uma guerra contra o Iraque. Desde as primeiras horas da manhã, suas vozes começaram a ser ouvidas nas praças das cidades italianas em oposição ao ataque americano, bloqueando ruas, universidades, locais de trabalho e estações ferroviárias. Os primeiros a se mobilizar para dizer "não à guerra", "não às bombas" foram os estudantes, que interromperam as aulas e marcharam espontaneamente, enquanto as três centrais sindicais italianas mais importantes (Cgil, Disl e Uil) proclamaram um jornada de greve dos funcionários públicos e uma hora de paralisação nas escolas. O primeiro-ministro Silvio Berlusconi, ao ser inquirido por jornalistas sobre as manifestações pacifistas, afirmou que delas "não se espera nada de bom". Em Roma, a famosa e central Via Veneto, onde se encontra a embaixada americana, e a universidade La Sapienza foram ocupadas simbolicamente por manifestantes. As mesmas cenas se repetiram em Nápoles, Gênova, Turim, Palermo, Bolonha, Trieste e Veneza. Também ocorreram protestos nas estações ferroviárias das grandes cidades, onde o movimento dos Desobedientes e os estudantes conseguiram bloquear a circulação de trens. Em Veneza houve confrontos diante do consulado britânico entre a polícia e os Desobedientes, com lançamento de pedras e gás lacrimogêneo. Para a tarde estão previstas novas manifestações. Em Roma, o comitê Detenhamos a Guerra realizará um protesto que tentará isolar a embaixada dos EUA na Via Veneto. Veja o especial :

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.