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Protestos contra a guerra no Líbano e no Egito

Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 15.000 libaneses e palestinos promoveram uma passeata hoje, pelas ruas da cidade portuária de Sídon, na maior dentre várias manifestações no Oriente Médio contra uma possível guerra liderada pelos Estados Unidos contra o Iraque. Muitos dos manifestantes no Líbano eram refugiados palestinos do campo próximo de Ein el-Hilweh, enquanto outros eram estudantes, legisladores e clérigos libaneses. "Não à guerra no Iraque!", gritavam os participantes, que carregavam bandeiras libanesas e palestinas, assim como retratos do presidente iraquiano, Saddam Hussein, e do líder palestino, Yasser Arafat. "George Bush é o inimigo da humanidade", dizia-se num cartaz. "França, Alemanha, Bélgica e Rússia são os novos países árabes", lia-se em outro, numa referência aos países que lideram a oposição a uma guerra no Iraque. No Egito, cerca de 3.000 estudantes protestaram no câmpus da Universidade Al-Azhar, no Cairo, a mais destacada faculdade de teologia no mundo sunita muçulmano. Os estudantes tentaram levar o protesto para as ruas, mas policiais da tropa de choque impediram que transeuntes se unissem à manifestação. Mais de 2.000 estudantes egípcios promoveram um protesto na Universidade Canal de Suez, em Ismailiya, exigindo que os governos árabes assumam uma "corajosa" posição contra uma possível guerra. Apesar de líderes árabes terem pedido aos EUA para não usar a força contra o Iraque, muitas pessoas acreditam que seus governos não estão fazendo o suficiente para conter uma ação militar. Uma quarta manifestação foi realizada na Universidade de Zagazig, no Delta do Nilo, onde cerca de 1.500 estudantes protestaram contra a falta de energia dos governos árabes na questão.

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