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Protestos contra a morte de George Floyd chegam à Europa

Berlim, Londres e Toronto registraram atos neste final de semana

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Por Redação
Atualização:

Os protestos contra a morte de George Floyd, um homem negro, de 46 anos, asfixiado até a morte pelo policial Derek Chauvin, na segunda-feira, 25, durante uma abordagem policial em Minneapolis, nos EUA, se espalharam por outras cidades no mundo neste final de semana. Manifestantes saíram às ruas nas capitais do Reino Unido, Alemanha e em Toronto, no Canadá.

Manifestantes param um ônibus enquanto bloqueiam a rua em Sloane Square, em Londres, em 31 de maio de 2020, depois de marcharem em frente a embaixada dos EUA para protestar contra a morte de George Floyd. Foto: DANIEL LEAL-OLIVAS / AFP

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Em Berlim, na Alemanha, milhares de manifestantes se reuniram em frente à embaixada americana. Muitos carregavam cartazes pedindo Justiça por George Floyd, com a frase do movimento "Black Lives Matter". 

Centenas de pessoas se reuniram neste domingo na Trafalgar Square, região central de Londres, para protestar contra a morte de George Floyd. Também foi registrado atos no distrito de Peckham. Os manifestantes gritavam "Justiça por George Floyd" e carregavam faixas e cartazes em homenagem ao afro-americano vítima da violência policial.

Uma mulher segura um megafone durante um protesto contra a morte na custódia policial de Minneapolis do homem afro-americano George Floyd, no Portão de Brandenburgo, em Berlim, na Alemanha. Foto: REUTERS / Christian Mang

Na cidade canadense de Toronto, o protesto contra o racismo também foi em homenagem a Regis Korchinski-Paquet, um homem negro que morreu depois de cair de um prédio durante uma abordagem policial. Já nos Estados Unidos, foi decretado toque de recolher em cerca de 25 cidades em 16 estados. Os protestos antirracistas estão se espalhando para grandes municípios do país, como Nova York, Seattle, Los Angeles, Chicago, Cleveland, Dallas, Atlanta, entre outras. Confrontos entre policiais e manifestantes já provocaram a morte de três pessoas e a prisão de mais de mil, de acordo com a imprensa local.

Manifestantes marcham para protestar contra as mortes nos EUA de Ahmaud Arbery, Breonna Taylor e George Floyd, e de Regis Korchinski-Paquet, de Toronto, que morreram após cair de um prédio de apartamentos enquanto policiais estavam presentes, em Toronto. Foto: REUTERS / Carlos Osorio

Black Lives Matter Em 2013, quando o vigia que matou Trayvon Martin, de 17 anos, na Flórida, foi inocentado por um júri, a americana Alicia Garza publicou em seu perfil de Facebook a frase “nossas vidas importam”. Uma amiga chamada Patrisse Khan-Cullors emplacou a hashtag #BlackLivesMatter e Opal Tometi ajudou a criar a partir dali uma plataforma online para o que se tornaria um movimento. “É uma tristeza profunda. Desgosto atrás de desgosto. Pensei na família dele e na dor insuperável que devem estar sentindo agora. Todos nós estamos sofrendo junto”, disse Patrisse em entrevista ao Estadão, ao falar sobre a morte de Floyd. Caso Floyd Floyd, um homem negro de 46 anos, foi morto durante uma abordagem policial em Minneapolis na segunda-feira 25. O policial Derek Chauvin foi acusado formalmente na sexta-feira por assassinato em terceiro grau e morte imprudente. O agente aparece em um vídeo ajoelhando sobre o pescoço de Floyd durante oito minutos, enquanto a vítima grita: "Não consigo respirar!", até perder a consciência.

Imagem capturada porcelular mostra momento em que o policial de Minneapolis Derek Chauvin mantém seu joelho sobre o pescoço de George Floyd, que morreu momentos depois. Foto: Darnella Frazier / Facebook/Darnella Frazier / AFP

Floyd era considerado suspeito pela polícia de utilizar uma nota falsa de US$ 20 em um supermercado da região. Segundo a legislação do Estado de Minnesota, o assassinato de terceiro grau é aquele em que a morte é causada de maneira não intencional, por um ato eminentemente perigoso. A pena para o crime é de até 25 anos de prisão.

No sábado, a esposa de Derek Chauvin, Kellie Chauvin, anunciou que vai se separar do policial. Em nota divulgada à imprensa, ela disse estar 'devastada' com o caso.

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