JERUSALÉM -Protestos contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza se espalharam pela Cisjordânia na madrugada desta sexta-feira, 25, e reuniram ao menos 10 mil pessoas. Houve confronto com militares israelenses e dois palestinos morreram. Outros 200 ficaram feridos. Há a expectativa de novos protestos nas orações de meio dia de hoje, última sexta-feira do Ramadã.
O motivo da manifestação foi um bombardeio de Israel a um abrigo de refugiados da ONU em Gaza, que matou 15 pessoas, entre mulheres e crianças. O Exército israelense, que acusa o Hamas de usar civis como escudos humanos, diz ter dado um aviso para os ocupantes do prédio deixarem o local. Funcionários da ONU em Gaza negam que esse aviso tenha ocorrido.
A polícia paramilitar israelense está em alerta em Jerusalém, onde mesquitas devem reunir um grande número de fiéis. O governo israelense ainda discute como conter a crescente hostilidade na Cisjordânia.
"Tivemos uma noite bem difícil", disse à Rádio Israel Yitzhak Aharonovitch, membro do gabinete de segurança do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. "Espero que consigamos passar pelo dia de hoje sem problemas."