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Protestos contra Israel e acusações aos EUA se propagam pela Ásia

Por Agencia Estado
Atualização:

Gritando "Destruam a América, destruam os judeus!", cerca de 2.000 muçulmanos promoveram hoje um protesto na Malásia, exigindo a imediata retirada das forças israelenses das áreas palestinas. Manifestações semelhantes ocorreram em vários outros países da Ásia. No Japão, a mulher de um falecido diplomata lembrado por salvar milhares de judeus dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial pediu uma "corajosa retirada" das tropas de Israel e uma solução pacífica para o conflito no Oriente Médio. "Acredito que existem formas além da força militar", escreveu Yukiko Sugihara, 88 anos, numa carta de duas páginas ao primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon. O falecido marido, Chiune Sugihara, desafiou ordens de Tóquio durante a guerra e emitiu vistos para 6.000 refugiados judeus na Lituânia para escaparem da perseguição nazista. Cerca de 220 pessoas protestaram na frente da embaixada israelense em Tóquio, exigindo a retirada de Israel dos territórios palestinos. Na mais populosa nação muçulmana do mundo, milhares de indonésios se manifestaram pacificamente condenando os ataques de Israel contra os palestinos. Bandeiras israelenses e bonecos representando Sharon foram incendiados. "Apoiamos a luta palestina... porque Israel é o inimigo do Islã", disse o líder muçulmano Haji Haramain a milhares de fiéis numa mesquita na ilha de Lombok, segundo a agência de notícias estatal indonésia Antara. No centro de Kuala Lumpur, uma grande multidão promoveu uma passeata até a embaixada dos EUA, agitando cartazes onde se lia "Terrorista número 1 do mundo: Israel" e "América, lacaio dos judeus". Os manifestantes queimaram bandeiras de Israel, enquanto eram observados por tropas de choque.

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