PUBLICIDADE

Protestos deixam seis mortos em países de maioria muçulmana

Onda de violência já fez vítimas no Afeganistão, Líbano e Somália; UE se reunirá para discutir a questão

Por Agencia Estado
Atualização:

Seis pessoas morreram hoje durante os violentos protestos contra a publicação das charges de Maomé. Quatro foram mortos no Afeganistão, um no Líbano e outro na Somália. No Afeganistão os enfrentamentos mais violentos aconteceram próximos à cidade de Bagram, nas cercanias da principal base americana no Afeganistão. Policiais afegãos abriram fogo contra cerca de duas mil pessoas quando os manifestantes forçaram a entrada à fortemente guardada instalação militar. Na cidade Mihtarlam, no centro do Afeganistão, a polícia atirou contra manifestantes em resposta a disparos vindos da multidão. Pedras e facas também foram usadas contra a polícia. Dois insurgentes foram mortos e outras três pessoas ficaram feridas. Duas delas eram policiais. Em Beirut, pelo menos 300 pessoas foram detidas nas últimas horas e outros envolvidos ainda estão sendo procurados pelos atos de vandalismo no bairro de Achrafieh, de maioria cristã, onde no domingo manifestantes queimaram o consulado da Dinamarca, além de lojas, casas, bancos e carros. Uma pessoa morreu asfixiada e outras 50 ficaram feridas durante os protestos, que foram condenados por políticos e religiosos libaneses assim como pelo governo, que pediu desculpas à Dinamarca. A sexta morte aconteceu na Somália, quando a polícia reprimiu centenas de muçulmanos que se manifestavam em Puntlandia, região autônoma do norte do país. Os manifestantes apedrejaram as sedes das agências humanitárias estrangeiras e da ONU em Bossaso, principal cidade da região. A presidência austríaca da União Européia e os 25 Estados membros adiantaram a reunião prevista para amanhã do Comitê Político e de Segurança para analisar a onda de protestos no mundo muçulmano. A União Européia havia fixado sua posição ao pedir, através do porta-voz da Comissão, Johannes Laitenberger, a volta do debate pacífico.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.