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Protestos fazem presidente do Iêmen adiar visita aos EUA

Inspirados pela queda de Mubarak, manifestantes tomam as ruas da capital pelo terceiro dia.

Por BBC Brasil
Atualização:

Dezenas de pessoas ficaram feridas durante o protesto O terceiro dia de protestos antigoverno em Sanaa, capita do Iêmen, fez com que o presidente Ali Abdullah Saleh adiasse uma visita oficial a Washington. De acordo com a agência de notícias oficial, Saba, a viagem "foi adiada devido aos desdobramentos em curso na região". Aos gritos de "Uma revolução iemenita após a revolução egípcia", centenas de manifestantes voltaram entrar em confronto com a polícia neste domingo. Segundo testemunhas, os manifestantes atiravam pedras contra as forças de seguranças, que tentavam controlar a multidão com cassetete. Dezenas de pessoas ficaram feridas e muitas foram presas. Inspirados pela queda do presidente egípcio Hosni Mubarak, os iemenitas marcharam pela capital pedindo reformas políticas e a saída imediata de Saleh. No sábado, também foram registrados episódios violentos durante o protesto, com partidários do presidente tentando se infiltrar nos protestos, usando facas e paus. Um dia antes, os manifestantes que celebravam a renúncia de Mubarak também foram reprimidos com violência pela polícia. Mudanças No poder desde 1978 com um golpe militar, o presidente já havia afirmado que não vai estender o seu mandato, que termina em 2013. No entanto, a maioria dos opositores quer que as mudanças comecem agora. A onda de protestos no país começou em janeiro, quando Saleh propôs uma emenda constitucional que permitiria sua reeleição no pleito previsto para 2013. Desde então, protestos já reuniram até 20 mil pessoas nas ruas de Sanna. País mais pobre do mundo árabe, o Iêmen enfrenta a ameaça de militantes da Al-Qaeda, de um movimento separatista do sul e de rebeldes xiitas no norte. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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