Protestos já deixaram 640 mortos na Líbia, dizem ONGs

Entre mortos estariam 130 soldados executados por oficiais após se recusarem a matar civis

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

Pelo menos 640 pessoas foram mortas nos protestos na Líbia contra o governo de Muamar Kadafi desde a semana passada, afirmou hoje a Federação Internacional pelos Direitos Humanos. O número é mais que o dobro do reconhecido pelo governo, de 300 mortos.

PUBLICIDADE

Veja também: especialLinha do Tempo: 40 anos de ditadura na Líbiamais imagens Galeria: Veja imagens dos conflitosespecialInfográfico:  A revolta que abalou o Oriente Médioblog Radar Global: Acompanhe os protestos na região

Segundo a federação, que reúne 164 organizações não governamentais, as cidades mais afetadas são a capital, Trípoli, onde já morreram 275 pessoas, e Benghazi, no leste da Líbia, onde os distúrbios deixaram 230 vítimas. O número foi divulgado pela chefe da federação, Souhayr Belhassen, em entrevista à agência France Presse.

Entre os mortos há "130 soldados que foram executados por seus oficiais em Benghazi por se recusarem a disparar nas multidões", disse ela. Belhassen, que lidera a federação sediada em Paris, afirmou que o número de baixas é baseado em fontes militares para a capital, Trípoli, e em relatos de grupos pelos direitos humanos para Benghazi e outros pontos do país.

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, disse hoje que uma estimativa realista era de que "cerca de mil pessoas" tenham sido mortas nos protestos, de acordo com a agência Ansa. Ontem, o governo de Kadafi admitiu 300 mortes nos protestos, incluindo 111 soldados. As informações são da Dow Jones.

 

Veja também:linkPilotos se negam a atacar a população linkInício do conteúdo Kadafi aumenta controle sobre Trípoli; oposição ganha terrenolinkLíderes europeus defendem sanções econômicas contra a LíbialinkComeça mobilização para retirada em massa de estrangeiros

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.