Protestos no Iêmen deixam pelo menos 120 feridos

Manifestantes exigem saída do presidente Ali Abdullah Saleh, há 32 anos no poder.

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Atualização:

Opositores de Saleh em manifestação em Sanaa.

 

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SANAA - Pelo menos 120 pessoas ficaram feridas durante manifestações contra o governo do Iêmen ocorridas nesta quarta-feira na cidade de Hudaida, no oeste do país. A polícia abriu fogo e usou gás lacrimogênio após grupos simpatizantes do governo terem atacado com pedras e bastões manifestantes, de acordo com testemunhas.

 

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Ocorreram protestos nesta quarta-feira também na capital, Sanaa. Oposicionistas exigem a saída do presidente Ali Abdullah Saleh, há 32 anos no poder. Além da renúncia do presidente, os manifestantes pedem mais oportunidades de emprego e o fim da corrupção.

 

 

O Iêmen é mais um país do Oriente Médio a enfrentar manifestações políticas após levantes populares terem derrubado os governos na Tunísia e no Egito. Pelo menos 30 pessoas já morreram desde o início dos protestos no Iêmen, há um mês.

 

Saleh propôs adotar reformas políticas no país, incluindo a separação dos poderes de governo e a adoção de um sistema parlamentarista. A oposição, no entanto, não aceitou dialogar com o presidente. O líder, que está no poder desde 1978, disse anteriormente que pretende deixar a Presidência a partir de 2013. A república iemenita foi criada depois que o Iêmen do Norte e o Iêmen do Sul se juntaram em 1990. Saleh liderava a República Árabe do Iêmen, no norte do país, desde 1978, quando assumiu o poder depois de um golpe militar. As primeiras eleições presidenciais diretas ocorreram apenas em 1999. Apesar de ser, na teoria, um sistema multipartidário, a política do Iêmen é dominada pelo partido de Saleh, o Congresso Geral do Povo, desde a unificação. Opositores iemenitas vêm protestando desde fevereiro, inspirados pelas revoltas em países vizinhos.

 

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