22 de março de 2011 | 19h25
Protestos por reformas políticas se espalharam em cidades do sul da Síria nesta terça-feira. As autoridades locais temem que a onda de insatisfação que varre o mundo árabe se espalhe também pelo país governado pela família Assad desde 1970.
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O governador da província de Daraa, onde manifestações ocorrem desde sexta-feira - com um saldo de sete mortos -, foi demitido nesta terça, mas o gesto não foi suficiente para conter a indignação dos cidadãos da região. A cidade de Nawa também registrou protestos de centenas de pessoas, assim como Sanamein, próximo a Daraa.
Um ativistas local disse que tropas do governo tentavam chegar à mesquita no centro histórico de Daraa, onde os manifestantes se refugiaram. Ele afirmou que foram colocadas pedras grandes nas ruas próximas à mesquita para bloquear a passagem dos agentes da repressão. Segundo uma testemunha, a maioria das lojas da parte velha de Daraa ficou fechada nesta terça.
Em Genebra, o departamento de direitos humanos da ONU pediu que a Síria investigasse a morte dos manifestantes em Daraa. Rupert Colville, porta-voz do escritório da ONU em Genebra, disse que o governo "deve realizar uma investigação independente, transparente e efetiva das mortes". Ele afirmou ainda que os manifestantes têm o direito de expressar suas discordâncias e serem ouvidos pelo governo. (com AP)
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