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Protestos pró-Síria continuam no centro de Beirute

Manifestantes estão acampados desde sexta-feira em frente à sede do governo

Por Agencia Estado
Atualização:

A oposição pró-Síria, liderada pela milícia xiita Hezbollah, continua protestando neste domingo, com o objetivo de derrubar o governo do Líbano, que conta com o apoio de uma parte da população e dos países ocidentais. Milhares de seguidores do Hezbollah e de outros líderes da oposição, que exigem a renúncia do premier libanês, Fouad Siniora, acamparam pela segunda noite consecutiva no centro de Beirute, onde se encontra a sede do governo. Siniora e ministros de sua equipe continuam isolados em seu gabinete. Os manifestantes passaram a noite acampados em cerca de 500 barracas, instaladas perto da sede do governo, que está protegida por unidades de elite do Exército. No local, um ambiente festivo reina entre os manifestantes, que já comemoram a queda do atual governo. O ambiente contrasta com a tensão que reina no país, que teme enfrentamentos entre as comunidades sunita e xiita, enquanto a população cristã também se encontra divida entre os aliados do Hezbollah e seus adversários. Os protestos começaram na última sexta-feira com o lançamento de uma grande manifestação, que reuniu centenas de milhares de partidários dos grupos xiitas Amal e Hezbollah e da Corrente Patriótica Livre - grupo cristão, do general Michel Aoun. "Não sairemos daqui até que o governo caia", disse o deputado do Hezbollah, Nawuar Sahli. Siniora, que recebeu em sua sede visitantes estrangeiros, assegura que não cederá às pressões e às ameaças, e convidou a oposição a retomar as negociações. A última visita ao premier foi feita pelo ministro alemão de Assuntos Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, que chegou neste sábado à noite a Beirute, onde permanecerá até a tarde deste domingo, para expressar o apoio da União Européia ao Líbano e a seu governo. É esperada para este domingo a visita do secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, que tentará mediar a situação. "O apoio estrangeiro, por maior que seja, não pode salvar um governo rejeitado pelo povo", disse o general Aoun, cujos partidários assistirão neste domingo a uma missa no centro de Beirute. Uma nova manifestação é esperada para esta tarde.

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