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Protestos se espalham contra decisão de Trump sobre Jerusalém

Cerca de 10 mil pessoas se concentram em frente à embaixada dos EUA em Jacarta, capital da Indonésia; outras manifestações foram registradas em Istambul, Kuwait e Paris

Atualização:

JACARTA - Depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que Jerusalém é a capital de Israel, palestinos e israelenses entraran em conflito na Faixa de Gaza e protestos se espalharam por diversos países. Neste domingo, 10, cerca de dez mil pessoas se concentram em frente à embaixada dos Estados Unidos em Jacarta, capital da Indonésia, para protestar contra a decisão do líder americano.

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A marcha foi convocada por um grupo político de ideologia islâmica e por parte da oposição do atual governo indonésio. Com bandeiras da Palestina e gritos contra Trump, os manifestantes fecharam dezenas de ruas e, até o momento, não houve atos violentos, segundo um comunicado da polícia. Alguns cartazes declaravam que "Jerusalém pertence à Palestina" e outros pediam "liberdade". A embaixada americana pediu nesta sexta-feira, 8, que seus cidadãos tomem precauções e "evitem zonas de manifestações".

Ativistas muçulmanos protestam em frente à embaixada dos EUA em Jacarta. Foto: Mast Irham/EFE

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, condenou na quarta-feira a decisão de Trump e pediu que ele a reconsiderasse. Widodo participará nas próximas terça e quarta-feira de uma reunião extraordinária convocada em Istambul pela Organização de Cooperação Islâmica para debater a declaração do presidente americano.

Em solidariedade aos palestinos, milhares de pessoas fizeram manifestações em vários países, como Istambul, Kuwait e Paris, principalmente. Na capital francesa, os protestos eram tanto contra a decisão dos EUA como contra a visita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a Paris, que vai se reunir com Emmanuel Macron neste domingo.

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Os palestinos voltaram a ocupar as ruas, neste sábado, 9, no leste de Jerusalém, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Neste último espaço de conflito, o confronto deixou quatro mortos e 300 feridos. Palestinos lançaram pedras contra soldados israelenses, que responderam com balas de borracha ou reais e gás lacrimogêneo.

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O movimento Fatah, liderado por Mahmoud Abbas, incentivou os palestinos a continuar com o protesto e "ampliá-lo a todos os pontos onde o Exército de Israel está presente". Como sinal de protesto, Abbas não irá se encontrar com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, na Cisjordânia neste mês.

Ministros das Relações Exteriores dos países membros da Liga Árabe, reunidos no Cairo, solicitaram que Washington anule a decisão sobre Jerusalém. Em uma resolução publicada neste domingo, os ministros árabes afirmam que os EUA "se retiraram como sócio e intermediários do processo de paz" no Oriente Médio. /EFE e AFP

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