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Protestos violentos marcam cúpula européia em Roma

Por Agencia Estado
Atualização:

Manifestantes antiglobalização incendiaram uma agência de empregos e quebraram vidros de automóveis durante protestos em Roma, realizados paralelamente à Conferência Intergovernamental da União Européia (UE), que teve a participação de 25 chefes de Estado e de governo. Mais de 30 manifestantes foram presos, informou a polícia, que mobilizou cerca de 10 mil agentes para conter os protestos organizados em diversos setores da capital italiana. No centro de Roma, um pequeno grupo lançou papel higiênico contra a polícia antimotim que vigiava o escritório do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. Os chefes de Estado e de governo dos 15 membros da UE e dos 10 países que se unirão à organização em 1º de maio de 2004 encerraram hoje a primeira sessão da Conferência Intergovernamental que aprovará a futura Constituição européia. Os governos da UE manifestaram de forma clara seu compromisso com uma Constituição européia, apesar de expressarem publicamente suas dúvidas sobre determinados aspectos cujo resultado final ainda é imprevisível, como o sistema de votos no Conselho ou o tamanho da Comissão. Berlusconi, como presidente de turno da UE, abriu a conferência, que dispõe de menos de cem dias para elaborar a Carta Magna que culminará o processo de reforma interna na UE. O chefe de governo espanhol, José María Aznar, confirmou hoje que rejeita a nova divisão de poder proposta pelo atual esboço da Constituição. "Estamos de acordo com muitas questões, mas há pontos que discordamos, como (a divisão de poder acertada na reunião de) Nice", disse Aznar à imprensa. O primeiro-ministro italiano pediu hoje à Espanha e Polônia que considerem o interesse comum na negociações do texto da Constituição. Para Aznar, o Tratado de Nice apresenta um maior equilíbrio entre os países europeus do que o sistema no qual os países contariam com mais poder em função de seu número populacional.

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