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Próxima edição do 'Charlie Hebdo' terá 3 milhões de exemplares

Próximo número será traduzido a 16 idiomas e terá oito páginas, em vez das 16 habituais; capa traz charge de Maomé chorando

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Por Redação
Atualização:

(Atualizado às 20h00)

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PARIS -O próximo número do jornal de humor francês Charlie Hebdo, que estará de volta às bancas na quarta-feira após o atentado, terá uma tiragem de três milhões de exemplares, dois milhões a mais do que o previsto inicialmente, anunciou nesta segunda-feira, 12,sua distribuidora, Messageries Lyonnaises de Presse (MLP).

Assinada pelo cartunista Luz, a capa da nova edição traz a charge do profeta Maomé chorando, com um cartaz em francês dizendo: "Eu sou Charlie". No alto, sob o logotipo da publicação, a mensagem: "Tudo está perdoado". 

O aumento na quantidade de exemplares, segundo informou a imprensa francesa, responde à avalanche de pedidos recebidos tanto na França quanto no exterior."Terá uma distribuição excepcional como gesto de vida e de sobrevivência", disse hoje à rede BFMTV o advogado da revista, Richard Malka. Já o redator-chefe, Gérard Biard, explicou também aos meios de comunicação que não querem fazer um "número necrológico".

Capa da próxima edição do jornal de humor francês 'Charlie Hebdo', com charge de Maomé chorando Foto: Reprodução

Charlie Hebdo costumava colocar à venda 60 mil exemplares e, como medida excepcional nesta ocasião, segundo acrescentou um de seus cartunistas, Patrick Pelloux, o próximo número será traduzido a 16 idiomas e terá oito páginas, em vez das 16 habituais.

O atentado na última quarta-feira causou a morte a oito jornalistas do Charlie Hebdo, entre eles o diretor, Stéphane Charbonnier, "Charb", e quatro dos mais conhecidos caricaturistas da França.

Os demais membros da redação trabalham de forma temporária nos escritórios do jornal Libération, protegidos por um amplo cerco policial.

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O ataque à revista, e outros dois posteriores cometidos nos dias 8 e 9 por outro islamita radical, que causaram a morte de outras cinco pessoas, deram lugar ontem às maiores manifestações de protesto da história da França, com cerca de quatro milhões de participantes em todo o país. / AFP e EFE

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