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Puigdemont se reúne em Bruxelas com presidente do Parlamento catalão

Roger Torrent deve comunicar ao líder separatista que pode convocar plenário de posse no Legislativo regional na próxima terça-feira; Madri impediu realização do encontro na representação catalã na capital belga

Atualização:

BRUXELAS - O líder independentista Carles Puigdemont se reuniu nesta quarta-feira, 24, com o presidente do Parlamento catalão, Roger Torrent, em Bruxelas, apesar da ordem do governo espanhol para proibir que a representação da Catalunha na capital belga fosse utilizada para o encontro.

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Torrent tem a intenção de comunicar a Puigdemont que poderia convocar um plenário de posse no Legislativo regional na próxima terça-feira, 30. Ele também conversou com os outro quatro deputados separatistas, todos ex-secretários do governo cassado por Madri, que estão autoexilados em Bruxelas. 

O presidente do Parlamento Catalão, Roger Torrent, se reuniu com Puigdemont e seus 4 ex-secretários exilados em Bruxelas Foto: REUTERS/Yves Herman

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"Foram dadas instruções à delegação da Generalitat (Executivo catalão) da Catalunha em Bruxelas a fim de que ela não permita essa reunião nos locais da delegação da Catalunha em Bruxelas", disse uma fonte diplomática em Madri.

Desde que a Catalunha foi posta sob intervenção do governo espanhol no fim de outubro após a declaração unilateral de independência feita pelo Legislativo regional, os locais de representação catalã em Bruxelas dependem diretamente do Executivo central, controlado pelo premiê Mariano Rajoy.

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"Não há motivos para impedir a realização desta reunião e nos reservados o direito de estudar as implicações legais que possa ter esta situação", disse Joan María Piqué, porta-voz do partido de Puigdemont.

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O encontro entre o governador deposto da Catalunha e o novo presidente do Legislativo faz parte dos esforços de ambos para organizar a sessão do Parlamento regional para oficializar o nome de Puigdemont como líder regional, o que deve acontecer até o fim do mês. 

Acusado pela Justiça espanhola de rebelião, sedição e peculato, ele é o único candidato para formar um novo governo catalão depois das eleições regionais em 21 de dezembro.

Ao todo, oito parlamentares eleitos em dezembro estão impedidos de exercer seu mandato: Puigdemont e seus quatro ex-secretários, e três deputados separatistas que estão em prisão preventiva em cadeias de Madri. / AFP

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