Putin assina decreto de emergência para proibir exportações

Objetivo do decreto, que fica em vigor até o fim do ano, é 'garantir a segurança da Federação Russa e a operação ininterrupta da indústria', segundo agências de notícias russas

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Por Redação
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta terça-feira, 8, um decreto de "medidas especiais" para salvaguardar a economia do país, no qual autoriza o governo a proibir as exportações de produtos e matérias-primas.

O objetivo do decreto é "garantir a segurança da Federação Russa e a operação ininterrupta da indústria" e estará em vigor até 31 de dezembro de 2022, segundo agências de notícias russas.

Vladimir Putin assina decreto que reconhece independência de regiões separatistas no leste da Ucrânia, em 21 de fevereiro. Foto: Aleksey Nikolsky/EFE/

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O decreto proíbe "exportar para fora da Federação Russa" produtos e/ou matérias-primas, que serão especificados em lista aprovada pelo governo russo nos próximos dois dias. As medidas não serão aplicadas a "produtos e/ou matérias-primas exportadas da Rússia e/ou importadas para o país por cidadãos da Federação Russa, cidadãos estrangeiros e apátridas para uso pessoal".

Com este decreto, o presidente russo confere ao Executivo "a autoridade para determinar os detalhes da aplicação das medidas planejadas" tanto para produtos ou matérias-primas quanto para pessoas físicas ou jurídicas. O governo determinará em dois dias as listas de países estrangeiros onde será proibida a importação de determinados produtos e matérias-primas. 

O anúncio deste decreto ocorre depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que seu país proibirá as importações americanas de "petróleo, gás e energia" da Rússia devido à invasão da Ucrânia.

Também hoje, o vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak disse que a Rússia tem todo o direito de tomar medidas se forem impostas sanções às suas exportações de energia, como a imposição de um embargo ao gás que chega à Europa através do gasoduto Nord Stream 1. 

Novak salientou que com sanções mútuas ao gás "ninguém ganha" (...), "apesar de os políticos europeus, com suas reivindicações e acusações, estarem nos empurrando para isso"./ EFE

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