Putin determina ajuda a recruta amputado após trote

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Por Agencia Estado
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, quer que uma casa seja dada à família do recruta Andrei Sichov, de 18 anos, que teve as pernas e os genitais amputados após ser espancado por militares mais antigos em uma escola militar. Segundo depoimentos divulgados na imprensa, Sichov e outros sete recrutas foram espancados por seis veteranos embriagados ao chegarem à escola militar de blindados de Chelyabinsk, em 30 de dezembro de 2005. Schiov foi o que mais sofreu. Os militares obrigaram o recruta a se sentar de cócoras com as mãos amarradas nas costas, e bateram nele durante quatro horas. Cinco dias depois Sichov ainda não havia se recuperar e somente em 4 de janeiro foi internado com urgência no hospital militar. No dia seguinte foi transferido para um hospital civil. Devido aos golpes e à demora dos médicos militares em atendê-lo (6 dias), Sichov teve suas duas pernas e seus órgãos genitais amputados. O motivo foi uma gangrena avançada. Aparentemente, Sichov sofria de varizes, e por isso nunca deveria ter sido chamado para o serviço militar. Na segunda-feira Putin pediu a seu ministro da Defesa um pacote de propostas de "caráter organizativo e jurídico para melhorar o trabalho educativo no Exército e na Marinha". "A única solução é que as mães não deixem que seus filhos façam parte do Exército russo", declarou Valentina Melnikova, presidente da União do Comitê de Mães de Soldados, ONG que defende os direitos dos que cumprem o serviço militar. Segundo os números da organização, mil recrutas morrem a cada ano nos batalhões do Exército russo vítimas de trotes, maus-tratos, acidentes com armas de fogo, doenças e suicídios.

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