Putin e Poroshenko concordam que manter trégua é importante

Em conversa por telefone, presidentes da Rússia e da Ucrânia abordam necessidade de enviar ajuda humanitária ao leste

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Por Redação
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KIEV - Os presidentes ucraniano, Petro Poroshenko, e russo, Vladimir Putin, conversaram neste sábado, 6, e destacaram a necessidade de respeitar o cessar-fogo assinado na sexta-feira apesar de forças pro-Rússia e ucranianas se acusarem mutuamente de violarem a trégua.

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Segundo um comunicado da presidência ucraniana, em uma conversa por telefone, os dois presidentes "discutiram medidas para tornar o cessar-fogo permanente" e abordaram também a entrega de ajuda humanitária aos habitantes de áreas separatistas como Luhansk e Donetsk. O acordo assinado em Minsk, supervisionado pela Rússia, União Europeia e Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), tem a intenção de por fim a quase cinco meses de conflito, que causou a morte de 2.600 pessoas e meio milhão de refugiados.

Para rebeldes separatistas, a peça central para o sucesso das negociações é a autonomia da área em que atuam. "Podemos negociar com a Ucrânia, mas de igual para igual. Falta o reconhecimento de uma república autônoma e independente", diz o líder separatista Boris Litvinov. Para ele, as únicas condições para um diálogo são "cessar-fogo e troca de prisioneiros".

A ONG Human Rights Watch denunciou práticas de trabalho forçado cometidas por rebeldes pró-russos com civis acusados de violar a ordem pública. Em Mariupol, porto estratégico perto do mar de Azov em que se temia nos últimos dias uma invasão de rebeldes, alguns habitantes não escondiam sua preocupação em relação à duração da trégua.

O cessar-fogo anunciado em Minsk não convenceu os países ocidentais, que acusam a Rússia de enviar tropas para o leste da Ucrânia, ainda que Moscou negue a ação.

Os 28 Estados membros da União Europeia (UE) anunciaram na sexta-feira novas sanções contra a Rússia na área de mercado de capitais, defesa, bens de uso civil e militar. A Rússia advertiu no sábado que atuaria em caso de novas sanções econômicas e acusou a União Europeia de apoiar "o partido da guerra" em Kiev. / EFE

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