Putin e presidente da Ucrânia pedem fim dos confrontos

Presidente russo afirmou que um cessar-fogo imediato é necessário para poder haver negociações sobre a questão ucraniana

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BENOUVILLE, FRANÇA - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o novo presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, se encontraram nesta sexta-feira, 6, e pediram o fim dos confrontos e das ações militares na Ucrânia, informaram agências de notícias russas, citando um porta-voz do Kremlin.

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Putin acrescentou que um imediato cessar-fogo no leste ucraniano é necessário para criar condições para negociações. O presidente russo disse esperar que Poroshenko demonstre "boa vontade" e "sabedoria de Estado" e afirmou que Moscou está pronto para uma discussão construtiva com a Ucrânia para resolver a questão da dívida de gás do país com a Rússia.

Essa foi a primeira vez que os líderes se encontraram desde que a Rússia anexou a Crimeia. O encontro ocorreu durante cerimônia para comemorar o 70.º aniversário do Dia D, quando os aliados desembarcaram na Normandia, na França, durante a Segunda Guerra Mundial.

Putin e Poroshenko concordaram que uma solução política é a única possível para o conflito, informou o Kremlin. "Em uma breve conversa, tanto Putin como Poroshenko pediram que se encerre rapidamente o derramamento de sangue no sudeste da Ucrânia, bem como os combates entre as forças ucranianas e partidários da federalização da Ucrânia", disse o porta-voz Dmitry Peskov.

Não é certo que um rápido cessar-fogo tenha o apoio de outras capitais ou de Kiev, já que forçaria a Ucrânia a suspender suas operações militares contra os separatistas russos.

Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu a Putin que aproveite a eleição de Poroshenko para pedir o fim do conflito na Ucrânia. "O presidente Obama deixou claro que uma redução da tensão depende de a Rússia reconhecer Poroshenko como o líder legítimo da Ucrânia, cessar seu apoio aos separatistas do leste ucraniano e deter o fornecimento de armas e material na fronteira", disse o assessor de segurança americano Ben Rhodes.

"Se a Rússia aproveitar esta oportunidade para reconhecer e trabalhar com o novo governo de Kiev, o presidente Obama indicou que pode haver uma abertura para reduzir a tensão", acrescentou Rhodes. / REUTERS

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