Putin expressa a Merkel 'séria preocupação' sobre lei marcial na Ucrânia

Em diálogo por telefone, presidente russo pediu que chanceler alemã convença ucranianos a não cometerem qualquer 'ato irracional'

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Atualização:

O presidente russo, Vladimir Putin, expressou "séria preocupação" com a declaração de lei marcial na Ucrânia  para a chanceler alemã Angela Merkel. Por telefone, ele disse esperar que Berlim possa influenciar no caso e pediu que a Merkel dissuadisse os ucranianos de qualquer ato “irracional”.

Putin disse para Angela Merkel esperar que Berlim possa dissuadir Kiev de "atos irracionais" Foto: EFE/Alexey Nikolsky

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As informações sobre o diálogo, no qual Putin também denunciou "violações grosseiras" de regras do direito internacional por parte dos ucranianos, foram divulgadas pelo Kremlin nesta terça-feira, 27.

Lei marcial

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, pediu ao Parlamento nesta segunda-feira, 26,  poderes especiais para restringir liberdade de reunião, impor toque de recolher e limitar a imprensa em meio a uma escalada de tensão com a Rússia. O pedido também incluiu a mobilização de efetivo militar da reserva, organização de defesa antiaérea de instalações estratégicas e medidas de segurança cibernéticas. 

A crise foi provocada pela captura, no domingo, 25, de três navios ucranianos no Estreito de Kerch, que liga o Mar Negro ao Mar de Azov, local estratégico para o escoamento de importações. 

Para analistas, o cenário oferece a Putin uma oportunidade de testar o compromisso das potências ocidentais com a defesa da Ucrânia, ex-república soviética cuja proximidade com a União Europeia e os EUA é considerada perigosa geopoliticamente pelo Kremlin.

O episódio ocorre em um momento em que americanos e europeus estão afastados por discordâncias em relação à Otan.\ AFP

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