O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez uma visita de surpresa à capital da Chechênia, Grozny, dois dias depois do assassinato do presidente checheno, um político apoiado por Moscou. Putin, já de volta à capital russa, disse que concedeu uma condecoração póstuma ao líder checheno morto, Akhmad Kadyrov. ele também ordenou que a polícia chechena seja ampliada em 1.125 homens até o final do ano, segundo as agências de notícias. Kadyrov foi sepultado ontem, um dia após a explosão que o matou, juntamente com cinco outras pessoas, e deixou outros 57 feridos. Ele participava das festas do dia da Vitória, um feriado nacional na Rússia, em comemoração à derrota do nazismo. Kadyrov foi um comandante rebelde durante a guerra de 1994 a 1996 na Chechênia, que terminou com a retirada russa e a independência de fato da república. Mas a crescente influência do islamismo wahabita - mesma seita de Osama bin Laden - na região o desencantou. Ele rompeu com o presidente eleito Aslan Maskhadov e, em 2000, foi nomeado pela Rússia principal líder civil da Chechênia. Em 2003 foi eleito presidente num pleito tido como fraudulento.