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Putin pede que Letônia e Estônia respeitem minorias

A Rússia acusa a Letônia e a Estônia de discriminarem suas minorias russas

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu nesta terça-feira às autoridades da Letônia e da Estônia que cumpram os padrões europeus de respeito aos direitos das minorias étnicas em seus territórios. "É preciso que as autoridades desses países estejam à altura dos padrões jurídicos pan-europeus", afirmou Putin na abertura do II Congresso Mundial Russo em São Petersburgo. A Rússia acusa a Letônia e a Estônia de discriminarem suas minorias russas. O chefe do Kremlin ressaltou que nos dois países vivem cerca de 600 mil habitantes, em sua maioria russos, com o status de "não cidadãos". "É nosso dever moral proteger os direitos e as liberdades de nossos compatriotas (no exterior)", afirmou Putin, segundo a agência Interfax. O presidente da comunidade russa na Letônia, Viacheslav Altukhov, denunciou que no país se desenvolvem "manifestações de nacionalismo" contra a população de fala russa. Na Letônia, que em maio de 2004 ingressou na União Européia e na Otan (junto a Estônia e Lituânia), "ainda há cerca de 430 mil habitantes que não têm cidadania alguma", ressaltou Altukhov. "Até as estruturas européias reconhecem que na Letônia existe certo déficit de democracia", afirmou. Putin também censurou as "tentativas de reabilitar o nazismo" na Estônia, em alusão à atitude oficial no Estado para com os veteranos que lutaram - do lado das tropas nazistas - contra a ocupação soviética dos países bálticos. O Congresso Mundial Russo, o segundo desde outubro de 2001, reúne cerca de 600 delegados procedentes de 103 países. A representação mais numerosa no fórum é da Ucrânia, com 60 delegados, seguida pelo Cazaquistão, com 45 pessoas, e os enviados das diásporas russas na Alemanha, Estados Unidos e Israel.

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