Putin reitera à ONU ultimato dado à Geórgia

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Por Agencia Estado
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O presidente russo, Vladimir Putin, enviou hoje uma mensagem às Nações Unidas para reiterar o ultimato dado por Moscou à ex-república soviética da Geórgia, a qual acusa de aceitar a presença de milicianos separatistas chechenos em seu território e de permitir periódicos ataques nas regiões fronteiriças com a Rússia. Na carta, endereçada ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e aos líderes dos membros permanentes do Conselho de Segurança, Putin reiterou que "se a liderança georgiana não tomar medidas concretas para eliminar os terroristas, a Rússia assumirá iniciativas apropriadas para opor-se à tal ameaça, segundo as leis internacionais". O ministro do Interior russo, Boris Gryzlov, explicou hoje que Moscou não exclui a possibilidade de um ataque aéreo contra as bases dos guerrilheiros chechenos "em território georgiano". Putin enviou sua carta após um longo período de tensão entre a Rússia e a Geórgia sobre a presença de militantes chechenos na região georgiana de Pankisi, que faz fronteira com a Chechênia, onde os Estados Unidos, inclusive, acreditam que alguns militantes ligados à rede terrorista Al-Qaeda estejam escondidos. Em Tbilisi, capital da Geórgia, o presidente Eduard Shevardnadze (ex-ministro do Exterior da antiga URSS) classificou ontem de "apressadas" e "infundadas" as declarações de Putin. Hoje, o conselho de segurança georgiano decidiu, durante uma reunião de emergência, convocar o embaixador russo nos próximos dias para manifestar sua posição. No final do encontro, que durou cerca de quatro horas, o ministro da Defesa David Tvzadze disse que o governo adotará políticas diplomáticas e internas para dissipar a crise, sem, no entanto, entrar em detalhes.

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