Pyongyang ameaça atacar se Coreia do Sul mantiver exercícios militares

Norte-coreanos alertam para 'reação ainda mais forte' que bombardeio do mês passado

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SEUL - A Coreia do Norte ameaçou nesta sexta-feira, 17, atacar novamente a Coreia do Sul se este país realizar um exercício militar programado para uma ilha disputada pelos dois países.

 

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O governo norte-coreano disse que sua reação será ainda mais forte do que o bombardeio realizado no mês passado contra o Sul, durante o qual foram mortos quatro sul-coreanos. O Ministério da Defesa da Coreia do Sul, porém, informou pouco depois das ameaças de Pyongyang que manterá os exercícios militares. O anúncio sobre o ataque foi divulgado pela agência oficial norte-coreana, a KCNA, num momento em que a Coreia do Sul se prepara para realizar-- pela primeira vez desde que os dois países trocaram tiros, em novembro - exercícios com munição real na ilha de Yeonpyeong, perto de uma área fronteiriça disputada. Os exercícios estão marcados para os dias 18 a 21 de dezembro. "O ataque vai ser mais sério do que o de 23 de novembro, em termos de força e alcance do ataque", disse a KCNA. O ataque de novembro teve como alvo a ilha de Yeonpyeong e deixou dois civis e dois militares sul-coreanos mortos.

 

O episódio elevou novamente as tensões na Península Coreana. As Coreias se encontram tecnicamente em conflito desde que a Guerra da Coreia (1950-1953) foi encerrada pelo armistício em vez de um tratado de paz. Desde então, o acirramento das tensões entre as duas nações asiáticas é frequente.

 

Outro episódio recentes dos atritos entre os países foi o afundamento do navio sul-coreano Cheonan. Seul acusa Pyongyang de estar por trás do ataque, que matou 46 marinheiros. A Coreia do Norte, que está sob pressão pelas suspeitas de estar ampliando seu programa nuclear, nega.