SEUL - O governo da Coreia do Norte ressaltou nesta quarta-feira, 10, a importância de um "diálogo genuíno" e da "cooperação internacional no âmbito dos direitos humanos".
Essas declarações chegam depois da visita de seis dias (de 3 a 8 de maio) de uma relatora especial da ONU para a proteção dos direitos das pessoas com deficiência, Catalina Devandas Aquilar, que foi ao país a convite do regime. Ela tornou-se a primeira especialista designada pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas a visitar o país.
"Acreditamos que o diálogo genuíno e a cooperação no campo dos direitos humanos internacionais são importantes", informou a agência estatal de notícias norte-coreana KCNA, acrescentando que o país tem ratificado sua posição de respeito aos direitos humanos.
O regime, no entanto, não reconhece os investigadores da ONU em matéria de direitos humanos. O país afirma que elas "estão baseadas em informação inventada de falsos testemunhos de desertores norte-coreanos".
Durante sua estadia, a enviada da ONU reuniu-se com representantes de altos cargos da Coreia do Norte, como o ministro da Saúde, Kang Ha-guk, e visitou, entre outros lugares, o hospital infantil Okyu, em Pyongyang. Foi ainda a um centro de reabilitação de crianças com deficiência e a uma escola para crianças cegas no país.
Espera-se que o relatório da visita seja apresentado no Conselho de Direitos Humanos da ONU em março de 2018.
A Coreia do Norte é considerada pela comunidade internacional uma nação que viola sistematicamente os direitos básicos de muitos de seus cidadãos. A crescente atividade militar norte-coreana - só em abril foram lançados três mísseis - levou o Conselho de Segurança da ONU a considerar novas nações contra o regime. / EFE