20 de dezembro de 2010 | 02h28
Pyongyang mostrou disposição para devolver os restos de centenas de solados norte-americanos mortos durante a Guerra da Coreia (1950-53), segundo disse o governador do Novo México (EUA), Bill Richardson, durante visita à Coreia do Norte.
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Em declarações exibidas nesta segunda-feira, 20, pela cadeia de TV CNN, Richardson declarou que o general norte-coreano Pak Yim-su disse a ele no domingo, 19, que os corpos foram descobertos recentemente no país asiático, sem dar o número preciso nem o lugar da exumação. "É um gesto muito positivo", manifestou Richardson.
O ex-embaixador dos EUA na ONU chegou na última quinta-feira, 16, a Pyongyang convidado pelo principal negociador nuclear norte-coreano, Kim Kye-gwan, com o fim de diminuir a tensão entre as duas Coreias, e a previsão é que retorne nesta segunda-feira, 20, aos Estados Unidos.
Richardson afirmou também que, em suas conversas com o general norte-coreano Pak Yim-su, propôs que se instale "um telefone vermelho" entre Pyongyang e Seul e seja criada uma comissão militar de comum acordo entre as duas Coreias e os EUA para abrandar a tensão na península.
A Coreia do Norte enviou entre 1990 e 1994 mais de 200 caixas com restos de soldados e objetos pessoais, e em 2007 o regime comunista entregou outros restos, que devem pertencer a quatro soldados americanos mortos na Guerra da Coreia.
Até a data, os peritos norte-americanos somente puderam identificar sete dos corpos, segundo a CNN.
Na guerra da Coreia morreram 54 mil soldados norte-americanos e cerca de 8 mil ainda permanecem desaparecidos, segundo fontes da Defesa norte-americana.
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