
10 de novembro de 2009 | 11h06
O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, depois de uma reunião com assessores, orientou o Exército a agir com firmeza, mas mantendo a calma para impedir que a situação venha a piorar, informou a assessoria de imprensa do chefe de Estado. O primeiro-ministro, Chung Un-chan, acusou a embarcação norte-coreana de ter promovido "um ataque direto" contra o barco de patrulha sul-coreano, mas admitiu a possibilidade de o episódio ter sido "acidental".
O incidente ocorre a apenas nove dias antes de o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegar à Coreia do Sul como parte de uma viagem pela Ásia. Até a noite de hoje, pelo horário local, não havia indícios quanto a uma possível escalada do incidente, apesar de os dois países terem apresentado relatos divergentes sobre o ocorrido e protestado verbalmente um contra o outro.
Incidente
Embarcações das Coreias do Norte e do Sul trocaram tiros nesta manhã perto dos limites marítimos entre os dois países no Mar Amarelo, informaram os governos dos dois países. A troca de tiros, aparentemente iniciada por um disparo de advertência efetuado pela embarcação sul-coreana, durou cerca de dois minutos. Não há informações sobre vítimas.
De acordo com os relatos disponíveis, uma patrulha naval sul-coreana teria causado extensos danos a uma embarcação militar da Coreia do Norte durante a troca de tiros em mar aberto. Militares sul-coreanos disseram que o barco norte-coreano entrou em águas territoriais da Coreia do Sul e avançou por cerca de 1,5 quilômetro.
Segundo as fontes, antes de efetuar um disparo de advertência, a embarcação sul-coreana teria emitido cinco mensagens para que os norte-coreanos retornassem. O barco da Coreia do Norte então teria respondido com uma barragem de artilharia. O confronto começou às 11h28 locais de hoje perto da ilha de Daechong e durou cerca de dois minutos.
Esta foi a primeira vez em sete anos em que embarcações das Coreias do Norte e do Sul se engajaram nesse tipo de ato hostil. Trata-se também do primeiro episódio de violência entre os dois países em um ano no qual Pyongyang provocou agitação em Seul e outras capitais por conta de seu programa nuclear.
Linha Limítrofe
A fronteira marítima, conhecida como Linha Limítrofe Norte, foi cenário de batalhas navais com mortes em 1999 e em 2002 e tem sido um constante foco de tensão. No mês passado, a Marinha da Coreia do Norte acusou a Coreia do Sul de enviar navios de guerra para cruzar a fronteira e advertiu que as provocações poderiam causar confrontos armados. As informações são da Dow Jones.
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