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Pyongyang reitera boicote ao diálogo sobre programa nuclear

Coréia do Norte quer que os EUA levantem sanções impostas a instituições financeiras do país, por suposta lavagem de dinheiro e falsificação de dólares

Por Agencia Estado
Atualização:

Kim Kye-gwan, vice-ministro de Assuntos Exteriores da Coréia do Norte e enviado às negociações multilaterais sobre o programa nuclear de Pyongyang, disse nesta quinta-feira que seu país elevará o poder de dissuasão enquanto o diálogo continuar estagnado. Kim, acrescentou em Tóquio que seu país só retirará o boicote à realização das negociações, estagnadas desde novembro, se os Estados Unidos voltarem atrás nas sanções impostas a várias instituições financeiras norte-coreanas. Ele ressaltou, em entrevista coletiva, que, nas atuais condições, não chegarão a nenhum compromisso seus contatos com os EUA, pois este país, afirmou, "está pressionando Pyongyang". Sem avanços O vice-ministro norte-coreano está em Tóquio após ter comparecido, na segunda e na terça-feira, a uma conferência acadêmica sobre segurança no Nordeste da Ásia. No encontro estavam presentes os outros cinco representantes dos países que participam das negociações sobre as armas nucleares da Coréia do Norte. Apesar dos vários encontros bilaterais e trilaterais realizados nos últimos dias durante esse fórum extra-oficial, não houve nenhum avanço rumo à retomada do diálogo multilateral, que foi interrompido em sua quinta rodada, em novembro. Na ocasião, a Coréia do Norte afirmou que não voltaria a sentar-se à mesa de negociações se os EUA não retirassem antes as sanções impostas a um banco de Macau e a várias instituições financeiras norte-coreanas por suposta lavagem de dinheiro e falsificação de dólares destinados à compra de componentes para armamentos.

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