
11 de agosto de 2011 | 21h48
Atualmente, 193 países são filiados à ONU. Nenhum integrante da entidade possui poder de veto na Assembleia Geral, que se reunirá em setembro. Mansur admitiu, entretanto, que "neste momento" os Estados Unidos vetariam a filiação da Palestina à ONU no âmbito do Conselho de Segurança, apesar do que qualificou como apoio norte-americano ao desenvolvimento das instituições palestinas.
Ainda assim, na entrevista concedida à emissora de televisão France 24, Mansur questionou: "Qual seria o argumento de um Estado membro do Conselho de Segurança para nos privar de nosso direito natural, histórico e legal de integrar a comunidade de nações como um novo Estado?"
Os Estados Unidos, Israel e diversos países da Europa alegam que um Estado palestino deve ser fundado a partir de um processo de negociação. O processo de paz, entretanto, está paralisado há meses por conta da insistência de Israel em expandir assentamentos judaicos nos territórios ocupados, motivo pelo qual os palestinos têm ameaçado levar o tema da independência à Assembleia Geral da ONU se não houver avanço até o início do encontro anual do organismo, no mês que vem.
Mansur afirmou ainda que, se centenas de milhares de pessoas protestarem pacificamente nos territórios palestinos ocupados para exigir a independência, tal situação seria capaz de "afetar a dinâmica do que vai acontecer na ONU, seja no Conselho de Segurança ou na Assembleia Geral. Segundo o diplomata, o lema dos protestos deve ser "O povo quer o fim da ocupação, o povo quer independência". Entidades palestinas pretendem mobilizar as massas na Cisjordânia e no exterior para coincidir com a realização do encontro anual da Assembleia Geral da ONU. As informações são da Associated Press.
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