PUBLICIDADE

Quatro integrantes do governo da Etiópia são assassinados em tentativa de golpe

Chefe do Estado Maior do Exército e outro chefe militar estão entre as vítimas, além de um governador e seu assessor

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

ADIS ABEBA - O chefe do Estado Maior do Exército da Etiópia, e outro chefe militar, além do governador da região de Amhara e um assessor morreram no sábado, 22, à noite, durante uma tentativa de golpe de Estado nesta região, confirmou o Escritório do primeiro-ministro do país.

Primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, em pronunciamento na TV pública sobretentativa de golpe de estado. Foto: HO/Ethiopian TV/via AFP

PUBLICIDADE

Segundo o porta-voz do primeiro ministro etíope, Abiy Ahmed, o chefe do Estado Maior, Seare Mekonnen, "foi assassinado por seus próprios guardas na sua residência da capital etíope".

Na residência de Mekonnen, que comandava de Adis Abeba a operação para abortar a tentativa golpista, encontrava-se também o tenente-general retirado Gezai Abera, quem também morreu.

As mortes do governador da região de Amhara, Ambachew Mekonnen, e do seu assessor Ezez Wasie, também foram confirmadas, e ocorreram durante o ataque dos soldados golpistas contra seu escritório em Bahir Dar, capital da região.

"Este golpe foi agora desbaratado", afirmou o porta-voz do primeiro-ministro. "O golpe pretendia desestabilizar nosso país e não se limita só à região de Amhara."

Além da turística cidade de Bahir Dar, também se soube de disparos em Adis Abeba, segundo vários alertas emitidos pela Embaixada dos Estados Unidos na Etiópia.

A capital permaneceu calma neste domingo, apesar de soldados das forças especiais estarem posicionados perto do escritório do primeiro-ministro, ao mesmo tempo em que vários policiais patrulham as ruas da cidade.

Publicidade

Desde a sua chegada ao poder em abril de 2018, Abiy foi aplaudido dentro e fora da Etiópia pelos seus avanços democráticos, como o regresso de dissidentes exilados, a detenção de dúzias de funcionários de alto escalão militar e dos serviços de inteligência e uma histórica paz com a Eritreia.

No entanto, estas mesmas reformas, e uma divisão de poder mais equilibrado entre as nove regiões autônomas do país, também representaram um aumento das tensões entre os diversos grupos étnicos, com fortes ondas de violência. / EFE

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.