21 de agosto de 2019 | 15h14
Desde o começo do mês, a crise provocada no Paraguai pelo acordo para uso da energia de Itaipu envolveu o presidente do país e seus principais assessores, além de respingar em uma empresa brasileira e no suplente do senador Major Olímpio (PSL-SP). Veja quem são os principais atores envolvidos no caso.
Presidente do Paraguai, pressionou a Ande para aceitar um acordo desvantajoso para o próprio país, segundo mensagens divulgadas pela imprensa paraguaia. Ele temia a paralisação da economia em consequência do atraso de repasses pela energia de Itaipu. Ameaçado por um impeachment, conseguiu-se manter no cargo após negociar apoio de uma facção rival dentro do próprio Partido Colorado.
Vice-presidente do Paraguai, é apontado como um dos articuladores de um acordo entre a Ande e a Léros pela compra de energia excedente da Usina de Itaipu, o que seria irregular. Mensagens publicadas pela imprensa paraguaia mostram ele pressionando a direção da Ande pelo acordo.
Assessor jurídico de Velásquez, intermediou a negociação entre a Ande e a Léros, segundo a imprensa paraguaia. Apresentou empresários brasileiros usando o nome da família do presidente Jair Bolsonaro e pediu que uma ata que regulamentaria a venda de energia para empresas privadas fosse tirada do acordo para que a negociação com a Léros continuasse sem vir a público.
Ex-diretor da Ande, negou-se a assinar o acordo com o Brasil e entregou o cargo. Tornou-se testemunha-chave na investigação do Ministério Público e da CPI conduzida pelo Congresso paraguaio para investigar o caso.
Empresário, viajou ao Paraguai ao menos três vezes durante as negociações do acordo entre a Ande e a Léros. É suplente do senador Major Olímpio (PSL-SP). Nega ter concluído o negócio e diz que apenas fazia algumas parcerias com a empresa brasileira. É citado por Joselo como “representante da família presidencial brasileira” no negócio.
Dono da Léros, também nega qualquer irregularidade nos negócios envolvendo a Ande e diz que o acordo não foi concluído.
Anulou o acordo de Itaipu com o Paraguai pouco depois de a probabilidade do impeachment de Mario Benítez, um de seus aliados políticos na América do Sul, ter ganhado força no Congresso paraguaio.
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