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Quem são os cristãos assírios atacados pelo Estado Islâmico?

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Michael Holtz / CS MONITOR

A perseguição religiosa tem sido uma constante para os cristãos assírios da Síria e do Iraque durante a maior parte de sua história moderna. O mundo foi lembrado dessa terrível realidade na manhã de terça-feira, quando militantes do Estado Islâmico (EI) capturaram centenas de assírios que viviam em aldeias no nordeste da Síria. Seu destino continua desconhecido, mas obedece ao método de perseguição usado pelo EI contra as minorias que habitam as áreas que o grupo quer subjugar.

Quem são os assírios? Suas raízes remontam a mais de 6,5 mil anos, na antiga Mesopotâmia. Por 1,8 mil anos, o império assírio dominou a região. O império assírio entrou em colapso em 612 a.C, com a ascensão dos persas. Então, 600 anos mais tarde, os assírios tornaram-se um dos primeiros povos a converter-se ao cristianismo. Eles ainda falam uma forma de aramaico em vias de extinção, e se consideram o último povo indígena da Síria e do Iraque.

Cerca de 40 mil assírios continuam na Síria, segundo uma estimativa da BBC, número que, segundo especialistas, estaria em declínio. A maioria vive atualmente na diáspora nos EUA e na Europa. Os que permaneceram na Síria se concentram na Província de Hassakeh, no nordeste do país, escassamente povoado. Alguns deles ingressaram numa milícia, o Conselho Militar Siríaco, que combateu ao lado dos curdos sírios numa ofensiva que começou domingo. Foi sua primeira batalha importante contra o EI.

Especialistas temem que os assírios capturados sofram um destino semelhante ao dos cristãos egípcios executados pelos extremistas. Mas o EI poderia também usar seus reféns para conseguir uma troca de prisioneiros com as milícias curdas. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

É JORNALISTA

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