
06 de abril de 2008 | 17h24
Argumentos sobre qual partido ganhará que cargos impediram que o novo gabinete conjunto fosse anunciado neste domingo, 6, conforme o planejado, disseram porta-vozes de ambos partidos. A criação de um governo de coalizão com o número idêntico de posições para as duas facções políticas foi uma parte crítica no acordo que encerrou as semanas de violência após a eleição na nação do leste africano. Uma declaração assinada tanto pelo presidente Mwai Kibaki quanto por seu primeiro-ministro Raila Odinga, líder da oposição, afirmava que "fizemos progresso significativo mas decidimos suspender as consultas até amanhã (segunda, 7) à tarde". O porta-voz da oposição Salim Lone disse que o governo apresentou uma lista rejeitada por Odinga, já que mistérios-chave como finanças, defesa, segurança e relações exteriores continuariam nas mãos da situação. Uma declaração no site do governo afirmava que "em situações em que há partilha, nenhum dos partidos estará 100% satisfeito. As consultas para a formação do gabinete já acontecem há um mês e devem ser concluídas em breve". Grupos da sociedade civil protestaram sobre o tamanho proposto para o gabinete - os quarenta cargos o tornam o governo com o maior número de representantes da história do país. Eles dizem que em vez de gastar dinheiro em altos salários para servidores públicos, o notadamente corrupto Quênia deveria gastar esse dinheiro na reconstrução do país. Mais de 300 mil pessoas foram expulsas de suas casas e mais mil foram mortas após a disputada eleição de dezembro.
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