A qual governo o sr. serve?
Sou contra retirar presidentes a força. Já estive preso por uma junta militar e jamais serviria a um golpe de Estado. Hoje, porém, represento o governo de facto. O Parlamento está funcionando, teremos eleições e os tribunais funcionam.
Mas sua presença não é um afronta à resolução da ONU?
A resolução pede que governos não reconheçam o atual presidente de Honduras, mas ela não diz que não posso estar aqui. O que ocorre é que querem nos estrangular financeira e diplomaticamente.
Honduras não se sente isolada?
Essa campanha é uma tentativa dos governos da região de distrair seus eleitores de questões internas mais importantes.
O sr. não teme que seu país seja um mau exemplo para a região?
Quem queria mudar a Constituição era o senhor Manuel Zelaya. Os governos que se dizem socialistas na América Latina são socialistas de ouvido. Onde estava o Itamaraty quando houve uma ditadura no País? A quem serviram os diplomatas naquele momento?
O Brasil argumenta que não há lugar para um golpe na região.
Não entendo o interesse do Brasil por Honduras. O País vem fazendo uma campanha para nos tirar das reuniões da ONU. J.C.