15 de dezembro de 2009 | 03h57
Seis bebês foram resgatados e pelo menos 15 pessoas detidas durante uma operação contra uma rede de tráfico de recém-nascidos procedentes de imigrantes ilegais na Malásia, informou a polícia nesta terça-feira, 15.
Entre os detidos em Kuala Lumpur se encontra o suposto líder do grupo, duas mulheres grávidas e um casal que comprou um dos bebês, além das seis crianças, quatro meninos e duas meninas, uma delas de apenas duas semanas.
Segundo o chefe do departamento de investigação criminal da polícia malaia, Bakri Zinin, a rede de compra e venda de bebês adquiria os recém-nascidos a empregadas domésticas estrangeiras imigrantes ilegais, após convencê-las a não abortar. Depois vendiam os bebês a casais ricos, por quantias entre 15 mil e 20 mil ringgit (entre US$ 4.400 e US$ 5.870), muito menos do que pagavam às mães (entre 2.000 e 5.000 ringgit), a maioria procedentes das Filipinas, Indonésia ou Vietnã e de tribos indígenas da Malásia.
Zinin indicou que a operação continua aberta e que é procurado um doutor que falsificava a documentação de nascimento para os bebês em uma consulta privada no estado de Selangor, antes que as grávidas dessem a luz.
A Malásia é um dos principais pontos de entrada de imigrantes ilegais na Ásia, e mais da metade de seus trabalhadores estrangeiros estão em situação irregular, principalmente filipinos e indonésios da ilha de Bornéu, segundo dados oficiais.
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