27 de dezembro de 2010 | 17h48
A mensagem de rádio foi gravada na cidade de Afgoye, perto de Mogadiscio, durante uma reunião entre Qalaf e o xeque Hassan Dahir Aweys, ex-líder do grupo Hizbul Islam. Os dois líderes islamitas entraram em confronto várias vezes no passado, mas em meados deste mês anunciaram uma trégua. A Al-Shabab controla grande parte do sul e do centro da Somália.
"Nós nos unimos por causa da nossa ideologia e vamos redobrar nossos esforços para remover o governo e a União Africana (UA) do país", disse Aweys hoje. Um dos objetivos da Al-Shabab é derrubar o fraco governo somali, que controla apenas parte da capital e algumas regiões no oeste do país. O governo atualmente é mantido por 8 mil soldados da UA, procedentes do Burundi e de Uganda.
A Al-Shabab já anunciou sua aliança com a rede extremista Al-Qaeda e em julho deste ano organizou atentados em Uganda, que mataram 76 pessoas. Acredita-se que os mentores dos atentados suicidas contra as embaixadas dos EUA na Tanzânia e no Quênia, em 2008, que deixaram 224 mortos, vivam sob proteção da organização terrorista na Somália.
A Somália não tem governo efetivo desde 1991, quando a ditadura socialista entrou em colapso. Enquanto o norte do país, a Somalilândia, declarou a independência (não reconhecida pela comunidade internacional), a organização Al-Shabab controla grandes regiões no sul e centro do país. As informações são da Associated Press.
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