Radicais islâmicos renovam fatwa contra Rushdie

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Por Agencia Estado
Atualização:

Grupos radicais islâmicos renovaram seu chamado para que o escritor britânico Salman Rushdie seja assassinado, afirmando que os Estados Unidos, país onde o autor mora atualmente, é o melhor lugar para cumprir a sentença. O falecido líder revolucionário do Irã, aiatolá Ruhollah Khomeini, editou uma fatwa - sentença de morte islâmica ? contra Rushdie em 14 de fevereiro de 1989. Ele ordenou que os muçulmanos de todo o mundo matassem o escritor, que nasceu na Índia, por causa de seu alegado insulto ao Islã em seu livro "Versos Satânicos". Em 1998, o governo iraniano retirou o seu apoio à fatwa de Khomeini. Mas não pode cancelá-la porque, segundo as leis islâmicas, apenas a pessoa que a editou tem esse poder. Khomeini morreu de câncer em junho de 1989. Todos os jornais iranianos ignoraram o aniversário da fatwa, exceto o diário linha dura Jomhuri Islami. A publicação saiu hoje com um caderno especial de 16 páginas sobre Rushdie. Em seu editorial, o diário afirma que a mudança de Rushdie para os Estados Unidos poderá facilitar o seu assassinato, pois "o país oferece mais possibilidades para executar esse traidor". Ontem, os Guardas Revolucionários, a principal força militar do país, emitiram um comunicado afirmando que a sentença de morte contra Rushdie continua valendo e que os muçulmanos têm o dever de cumpri-la.

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