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Radicais judeus atacam casa de diplomata belga

Por Agencia Estado
Atualização:

A casa de um diplomata belga foi atacada e os muros pichados hoje, aparentemente por partidários de um grupo radical judeu irritados com iniciativas na Bélgica de aceitar denúncia de crimes de guerra contra o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon. Leo Dass, consul-geral da Bélgica, dormia em sua casa em Jerusalém Ocidental por volta das duas da manhã quando duas pedras quebraram uma janela. Quando Dass foi investigar, encontrou pichações nas paredes de pedra da casa com os dizeres: "Fora os que odeiam judeus" e "Fora nazistas". Os vândalos também picharam o nome de um grupo radical judeu, "Kach", que está proscrito em Israel. Os atacantes jogaram balas de armas dentro da casa, e deixaram faixas criticando o sistema judicial belga. "Depois de ouvir barulhos, a primeira coisa que percebi foram grandes pedras junto com cinco balas. Chamei imediatamente a polícia", disse. A casa de Dass fica a poucas centenas de metros da rua da residência oficial do primeiro-ministro, onde Sharon agora vive. Pela lei belga, sobreviventes palestinos de um massacre em 1982 no Líbano receberam recentemente permissão para apresentar queixa por crimes de guerra contra Sharon. Os assassinatos foram executados por uma milícia cristã libanesa aliada de Israel, cujas tropas estavam no Líbano no momento. Sharon era então ministro da Defesa, e um inquérito oficial israelense considerou Sharon indiretamente responsável pelo massacre, forçando-o a deixar o cargo. As tropas israelenses, que haviam capturado a capital libanesa cercaram os campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila e permitiram a entrada dos milicianos cristãos. Mais de 800 civis palestinos desarmados - homens, mulheres e crianças - foram mortos. Oficiais israelenses alegam que eles não esperavam que os milicianos fossem matar civis palestinos.

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