Rafael Correa quer refundar laços com a Colômbia

Presidente do Equador teve uma conversa amigável com o novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos

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Por AP
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BOGOTÁ - Na segunda-feira, 21, o presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, felicitou a Venezuela durante uma conversa amigável por telefone com o presidente do Equador, Rafael Correa e sugeriu uma proposta de refundação dos laços entre vizinhos. O colombiano venceu a disputa eleitoral de domingo, com a maior margem da história moderna da Colômbia: 69% contra 28% de Antanas Mockus, o excêntrico candidato do incipiente Partido Verde. O governo venezuelano de Hugo Chávez disse que esperava que Santos irá demonstrar a sinceridade e o respeito necessários para aliviar as tensões. Anteriormente, Chávez expressou dúvidas sobre Santos, como presidente da Colômbia, pois não estava entre os muitos presidentes latino-americanos. O colombiano disse que foi chamado pelo presidente equatoriano para melhorar as relações. "Eu falei com o presidente Correa esta manhã. Ele me chamou. Eu achei muito bom", diz Santos. O Equador rompeu relações diplomáticas com Bogotá, na Colômbia - quando Santos era ministro da Defesa - depois de militares colombianos terem atravessado a fronteira equatoriana para matar o líder rebelde da Colômbia e outros 25 de uma base de guerrilha. No mês passado, um juiz ordenou a prisão de Santos para a autorização do ataque. Santos considerou que o mandado de prisão é um absurdo, por que o estado colombiano tem individualidade. Santos disse em uma entrevista pré-eleitoral que planejou um convite ao líder da Venezuela, Hugo Chávez, e aos aliados de esquerda a uma inauguração histórica. "Eu quero boas relações com nossos vizinhos", diz. As relações entre Chávez e o atual presidente Alvaro Uribe, tem sido tensas nos últimos anos. Durante a campanha presidencial, Chávez chamou Santos de"traficante de guerra" e advertiu que as tensões com a Colômbia poderiam aumentar caso fosse eleito. A Colômbia acusa Chávez de que ele dá refúgio aos rebeldes dentro da Venezuela. Chávez nega a acusação, mas segundo o depoimento de desertores rebeldes, dá apoio a reclamação colombiana. Como ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos deu vários golpes contra os rebeldes. Sua eleição foi um endosso da promessa para continuar a política de segurança de Uribe que é apoiada pelos Estados Unidos.

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