
09 de junho de 2011 | 12h32
BRUXELAS - Os países da Aliança Atlântica (Otan) não vão realizar uma retirada apressada do Afeganistão uma vez que os Estados Unidos comecem a repatriar algumas de suas tropas desse país, afirmou nesta quinta-feira, 9, o secretário-geral aliado, Anders Fogh Rasmussen.
"Não haverá uma corrida para deixar o país. Todos os países continuarão comprometidos", afirmou Rasmussen em entrevista coletiva após o final de uma reunião de ministros da Defesa da Otan.
Na mesma linha, pronunciou-se pouco depois o secretário de Defesa americano, Robert Gates. Ele garantiu que nem EUA ou os demais países aliados vão precipitar a retirada das tropas.
A Aliança Atlântica prevê iniciar em julho a transferência da segurança para as mãos afegãs nos distritos e províncias mais seguras, e o Governo dos Estados Unidos querem começar em seguida a remoção de parte de seu contingente militar.
Informações publicadas pela imprensa americana apontam que a Casa Branca quer retirar às tropas do Afeganistão a um ritmo maior do que o previsto pelo atual chefe do Pentágono, quem deixará o cargo em poucas semanas.
Rasmussen garantiu que discutiu esta questão com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante a última visita que fez a Washington em maio.
"Confio e espero que as decisões dos EUA sejam baseadas na situação no terreno e não terão impacto na segurança", acrescentou o secretário-geral da Aliança.
Rasmussen advertiu que não falaria em datas ou números, mas revelou que após o início da fase de transição poderiam ser removidas algumas tropas enviadas como reforço entre o fim de 2009 e o início de 2010. Algumas unidades de combate podem ser realocadas para formação de soldados afegãos.
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