
18 de novembro de 2010 | 15h53
Obama recebe Kissinger e Albright na Casa Branca. Foto: Dennis Brack/Efe
WASHINGTON - O presidente americano, Barack Obama, disse nesta quinta-feira, 18, que a ratificação no Senado do acordo de redução de arsenal nuclear com a Rússia é crucial para a segurança nacional americana. Obama quer o acordo em vigor até o final do ano.
Veja também:
As armas e ambições das potências nucleares
O governo americano lançou nesta semana uma ofensiva pública pela ratificação do Acordo para Redução de Armas Estratégicas (Start, na sigla em inglês). O vice-presidente Joe Biden e a secretária de Estado Hillary Clinton já haviam pedido a aprovação no Senado. Hoje, Obama foi a público.
"Isto não é política. É uma questão de segurança nacional que não pode ser postergada. Os presidentes Regan, Bush, Clinton e W. Bush também buscaram a redução de arsenal nuclear", disse Obama, ao lado de ex-secretários de Estado republicanos e democratas, como Henry Kissinger, James Baker e Madeleine Albright.
Para a Casa Branca, o acordo também é importante para manter o apoio russo às sanções ao Irã e rotas de abastecimento para tropas no Afeganistão.
Obama quer aprovar o tratado antes que a nova bancada, na qual os democratas terão seis assentos a menos, tome posse. Na atual legislatura, o governo precisa do apoio de sete republicanos. O tratado precisa de 67 votos para ser aprovado no Senado.
No começo desta semana, a aprovação pelo Senado pareceu em risco, quando o senador Jon Kyl (republicano pelo Arizona) disse que não haveria tempo suficiente para aprovar o acordo ainda em 2010.
Kyl é visto como muito importante para a aprovação, uma vez que é um republicano líder nas questões de armamentos e segurança exterior no Senado. Além disso, o número de senadores democratas será reduzido no novo Congresso que toma posse em janeiro de 2011.
O republicano disse que deseja garantir que o arsenal nuclear norte-americano seja modernizado antes da votação do tratado com a Rússia e Obama concordou, ao dizer que está pronto a gastar bilhões de dólares para atualizar as armas atômicas dos EUA.
Para conquistar o apoio dos republicanos, a Casa Branca planeja investir 4,1 US$ bilhões em modernização do arsenal nuclear em cinco anos. O novo Start, que substituirá o antigo, de 1991, prevê a redução em um terço do arsenal das potências nucleares.
Com AP e Efe
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.