13 de janeiro de 2013 | 02h03
O vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, foi recebido ontem em Cuba pelo presidente Raúl Castro, que reiterou a "solidariedade do povo cubano com a revolução bolivariana e o líder Hugo Chávez". No entanto, nem Raúl nem Maduro fizeram, até ontem de manhã, nenhuma referência ao estado do presidente venezuelano.
A viagem de Maduro para Cuba tinha sido anunciada na véspera e coincidiu com a presença em Havana da presidente argentina, Cristina Kirchner, e de seu colega peruano, Ollanta Humala.
Maduro, nomeado por Chávez seu herdeiro político, assumiu, na prática, na quinta-feira, as responsabilidades de governo do quarto mandato do líder bolivariano - após uma batalha política encerrada pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). A corte interpretou de modo favorável aos chavistas um artigo da Constituição que exigiria a presença de Chávez para a cerimônia de posse de 10 de janeiro.
Em Havana, Cristina se reuniu com Raúl e Fidel Castro e se disse confiante na recuperação de Chávez, mas não confirmou se esteve ou não com o paciente, internado na UTI da clínica Cimeq, em Havana, onde foi submetido, em 11 de dezembro, à quarta cirurgia para combater um câncer na região pélvica diagnosticado há um ano e meio.
Por meio de suas contas no microblog Twitter, as filhas e o genro de Chávez, o ministro de Tecnologia Jorge Arreaza, agradeceram a Cristina pela visita.
Humala, por seu lado, afirmou que sua visita a Cuba estava relacionada à assinatura de tratados com a ilha, mas acrescentou que buscaria se informar sobre a saúde de Chávez.
Segundo declarações feitas na sexta-feira pelo ministro da Informação venezuelano, Ernesto Villegas, Chávez está "consciente da situação em que se encontra" e vem respondendo ao tratamento para debelar uma infecção respiratória decorrente da cirurgia.
Em Caracas, a oposição considera as informações sobre Chávez insuficientes e exige conhecer seu real estado de saúde. / R.L.
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