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Raúl pode reduzir restrição a viagens

Segundo o chanceler Pérez Roque, governo estuda facilitar trâmites para que cubanos possam sair do país

Por Reuters , AP e AFP
Atualização:

O governo de Cuba acenou ontem com a possibilidade de flexibilizar os trâmites para que os cubanos viagem ao exterior. ''Não quero me antecipar sobre esse tema, mas são assuntos que temos considerado'', afirmou o ministro das Relações Exteriores, Felipe Pérez Roque, ao ser questionado sobre uma redução dos limites para as viagens ao exterior numa reunião, em Havana, com conterrâneos que vivem em outros países. ''Estamos firmes em nosso compromisso de tornar mais fluida a relação entre os cubanos que residem no exterior e suas famílias em Cuba e mais ágeis todos os trâmites e regulamentações.'' No mês passado, um vídeo no qual estudantes universitários perguntam ao presidente da Assembléia Nacional, Ricardo Alarcón, por que não podem sair da ilha virou um sucesso no mercado negro cubano. Segundo Pérez Roque ''hoje não há problemas de fundo entre Cuba e a imensa maioria de seus emigrados'', o que tornaria ''ir reversível'' o processo de normalização das relações. A reunião, da qual participaram 123 cubanos que vivem em 34 países, teria sido organizada para ''trocar experiências e propor mecanismos de coordenação'' com o governo cubano. Nas últimas semanas, o recém-empossado presidente de Cuba, Raúl Castro, começou a eliminar o que descreveu como um ''excesso'' de proibições aos habitantes da ilha. Na sexta-feira, suspendeu restrições às vendas de aparelhos eletrônicos como computadores e DVDs. Há três dias, levantou uma proibição para que agricultores possam comprar insumos como herbicidas e ferramentas. Em outro aceno às mudanças, um relatório publicado ontem no site do Ministério de Turismo cubano diz que nos próximos dois anos 30 novos hotéis devem ser construídos na ilha com capitais espanhol e chinês, aumentando em 21,7% sua capacidade hoteleira.

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