18 de junho de 2012 | 03h04
A suspensão da missão de observadores na Síria acirrou a divisão na ONU. O general Robert Mood, que comanda a operação, alegou no sábado que a violência ameaçava seus homens. Mas na sexta-feira pela manhã um comunicado sigiloso da ONU foi enviado às potências do Conselho de Segurança, informando que a missão já havia optado por sua suspensão, conforme constatou o Estado. Há divergência sobre o real interesse por trás do vazamento e da suspensão. Dentro da ONU, as acusações são direcionadas ao francês Hervé Ladsous, diretor do Departamento de Operações de Paz. Há uma semana, foi ele quem classificou a situação na Síria de "guerra civil". Segundo o Estado apurou, ele convenceu Mood a suspender as patrulhas.
As suspeitas de diplomatas contrários a uma intervenção é de que Ladsous esteja criando um ambiente para legitimar a ação militar, forçando Moscou e Pequim a se posicionar diante do fracasso do plano Annan.
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