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Reação da UE é 'deplorável', diz Maduro sobre suposto atentado

Nota do bloco europeu divulgada na sexta-feira, 10, exigiu 'investigações transparentes' que envolvam 'retorno à normalidade constitucional e restabeleça o processo democrático'

Atualização:

CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, classificou como "deplorável" o comunicado da União Europeia emitido na última sexta-feira, 10, exigindo uma "investigação exaustiva e transparente" do suposto atentado com drones explosivos.

Nicolás Maduro faz discurso televisionado sobre suposto atentado que sofreu na semana passada. Presidente venezuelano diz que resposta da União Europeia foi 'deplorável'. Foto: EFE/Cortesía Prensa Miraflores

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"É verdadeiramente deplorável o comunicado da União Europeia. No seu comunicado, protegem terroristas e não são capazes de condenar o atentado que tinha como objetivo assassinar o presidente deste país", disse Maduro, em discurso à nação transmitido em todas as emissoras de rádio e televisão neste sábado, 11.

Na última sexta-feira, o gabinete da Alta Representante da UE para Política Externa, Federica Mogherini, divulgou nota sobre o suposto ataque contra Maduro exigindo uma investigação "para esclarecer os fatos, em respeito ao Estado de direito e aos direitos humanos".  O bloco, no entanto, não apontou suspeitos ou condenou a oposição a Maduro, considerada pelo governo venezuelano os responsáveis pelo atentado.

"Isto deve envolver um retorno à normalidade constitucional que restabeleça o processo democrático e o estado de direito, o respeito aos direitos e às liberdades fundamentais, a libertação de todos os presos políticos e a atenção às necessidades humanitárias da população", disse um porta-voz de Mogherini.

Logo após a divulgação do comunicado, Maduro questionou a resposta e insistiu que o ataque "poderia ter atingido o assassinato em massa das mais altas autoridades civis e militares" da Venezuela. O governo conduz as investigações e acusa dois líderes da oposição, Juan Requesens e Juan Borges, e o ex-presidente colombiano, Juan Manuel Santos, de orquestrarem o suposto atentado. //EFE, AFP

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