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Reajuste na gasolina bancará programas sociais, diz Maduro

Venezuelanos pagam US$ 0,02 pelo litro do combustível; oposição critica subsídios a países que apoiam chavismo

Por CARACAS
Atualização:
Maduro enfrentou protestos contra seu governo no começo do ano Foto: Mauricio Dueñas Castañeda/EFE

Um dia antes de embarcar para a Colômbia, onde se encontrou com o presidente Juan Manuel Santos, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, declarou aberto na Venezuela um "debate nacional" para o aumento da gasolina em seu país - que tem o preço ao consumidor subsidiado, estimado em US$ 0,02 por litro pelo Banco Mundial.

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O líder chavista disse que o lucro futuro com a venda do combustível deverá bancar programas sociais em diversas áreas no país.

Ao discursar no fim do 3.º Congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), na noite da quinta-feira, Maduro declarou que o aumento do combustível poderá produzir ganhos de US$ 40 bilhões a US$ 100 bilhões. "Proponho que todo o dinheiro vá para um fundo social centrado no país e em suas necessidades."

"Um debate sobre o preço de gasolina passa primeiro por deixar de dar petróleo de presente a outros países, no valor de US$ 7 bilhões ao ano", tuitou ontem o líder opositor venezuelano Henrique Capriles. "Antes de pedir às pessoas que paguem pelo aumento, o governo tem de prestar contas, esse também é o debate", declarou o governador do Estado de Miranda.

Por meio da Petrocaribe, a Venezuela fornece petróleo e seus derivados a 18 países da América Central - membros do organismo - em condições financeiras vantajosas.

O preço médio do barril de petróleo venezuelano caiu US$ 1,53 em relação à semana anterior, para US$ 94,31, segundo Caracas. A Petróleos de Venezuela (PDVSA) exporta diariamente cerca de 2,5 milhões de barris de petróleo, a maioria para EUA e China.

Colômbia.

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Em Cartagena, os presidentes venezuelano e colombiano mantiveram uma reunião em que trataram do problema do contrabando na fronteira entre seus países e do processo de paz entre Bogotá e a guerrilha colombiana.

/ AP, AFP e EFE

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