
16 de abril de 2009 | 18h11
Babacan disse que os líderes turcos querem uma solução abrangente e a "completa normalização" dos laços, segundo comentários transmitidos na emissora turca NTV, após ele retornar a Ancara. Os dois lados afirmaram que houve progressos durante as conversas de hoje. Porém ninguém falou como seria resolvido o principal ponto de discórdia: a alegação da Armênia de que as mortes da era Otomana de armênios configuraram um genocídio.
A Turquia contesta essa afirmação, alegando que não houve uma campanha sistemática para acabar com os armênios. As estimativas, porém, apontam que 1,5 milhão de armênios morreram, no que é visto pela maioria dos especialistas como o primeiro genocídio do século 20. Os dois países também divergem sobre o enclave de Nagorno-Karabakh, controlado pela Armênia após uma guerra de seis anos irromper nos últimos dias da União Soviética.
A Turquia quer que as negociações com a Armênia prossigam em paralelo com as negociações entre Armênia e Azerbaijão, um aliado turco. O Azerbaijão quer a posse do enclave. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pede que os países resolvam suas diferenças. Na campanha eleitoral, Obama usou a expressão "genocídio armênio", mas não a repetiu durante visita recente à Turquia, apenas dizendo que sua opinião sobre o tema já estava registrada.
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